Brasil: Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos, Branco, Mazinho, Mauro Silva, Dunga, Zinho, Bebeto, Romário.
Reservas que atuaram no time titular:Cafu, Viola, Raí, Ricardo Rocha, Paulo Sérgio, Muller
Técnico: Carlos Alberto Parreira.
Campanha:
Brasil 2 x 0 Rússia
Gols: Romário e Raí
Brasil 3 x 0 Camarões
Gols: Romário, Márcio Santos e Bebeto
Suécia 1 x 1 Brasil
Gol: Romário
Brasil 1 x 0 Estados Unidos
Gol: Bebeto
Brasil 3 x 2 Holanda
Gols: Romário, Bebeto e Branco
Brasil 1 x 0 Suécia
Gol: Romário
Brasil 0 x 0 Itália
Pênaltis: Brasil venceu por 3 a 2. Baggio chutou por cima
Essa não tem como esquecer. Depois de 24 anos na fila, o Brasil voltou a ser o melhor do mundo. Em todas as partidas, os titulares do Brasil entraram em campo de mãos dadas.
No Brasil, o então ministro da fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, lançava o plano Real. O sucesso da nova moeda, aliado à conquista brasileira na Copa, impulsionariam a campanha de FHC para chegar à presidência.
Quase todos os times jogaram com dois volantes no meio-campo, e muitos com três zagueiros. Os principais favoritos, Alemanha, Brasil e Itália, chegaram à competição com equipes criticadas.
A Alemanha tinha um time envelhecido, que trazia diversos jogadores campeões em 1990, e caiu nas quartas-de-final, diante da Bulgária, que, liderada por Stoichkov, foi uma das surpresas da Copa. A Itália fez um início decepcionante, perdendo para a Irlanda logo na estréia. Classificou-se na primeira fase como terceira colocada em seu grupo e chegou à final trôpega, graças quase exclusivamente à genialidade de Roberto Baggio.
O Brasil fez campanha fraca na etapa classificatória. Parreira era visto com desconfiança pelos torcedores.
A classificação teve que ser decidida no último jogo, contra o Uruguai, no Maracanã. Se perdesse, o Brasil estaria fora. Parreira então atendeu aos apelos populares e da imprensa e convocou Romário, do Barcelona, que até então vinha sendo preterido. A seleção venceu com dois gols do atacante.
Dunga, símbolo do fracasso em 90, era o capitão, literalmente. Cobrava marcação de todos. Gritava, gesticulava, era até ríspido com os companheiros. Em todo o torneio, o Brasil levou apenas três gols. Sem criatividade no meio-campo, em que atuavam nada menos que três volantes, o time dependia de Romário para atacar.
E o “Baixinho” correspondeu. Fez uma Copa praticamente perfeita. Marcou gols em cinco dos sete jogos, e ainda serviu Bebeto, que marcou outros três. Na final, contra a Itália, o 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação retratou o futebol pobre do torneio. Pela primeira vez uma Copa foi decidida nos pênaltis.
Romário e Roberto Baggio fizeram para Brasil e Itália no Mundial-1994 algo semelhante ao que Maradona havia feio pela Argentina no México, em 1986.
Lances memoráveis:
A cotovelada que Leonardo deu num jogador americano. Foi expulso e não jogou mais.
Branco substituiu Leonardo.
A comemoração de Bebeto, após marcar contra os EUA. Ele foi até a linha lateral do campo, onde estavam as câmeras e balançou as duas mãos, como que embalando um nenê. Romário e Mazinho não entenderam o gesto, mas fizeram também, acompanhando Bebeto. Somente nas entrevista coletiva que Bebeto explicou o que siginificava aquele gesto. Era para homenagear o filho que havia nascido recentemente. Hoje,todos os jogadores o imitam.
O gol de falta de Branco contra a Holanda. Romário estava na direção
da bola e desviou a tempo. Foi um chute em meia altura e muito forte. Se Leonardo não tivesse sido expulso no jogo anterior, Branco não estaria jogando.
Assisti um jogo na casa do Paulo e a final na casa da mãe da Sílvia. O jogo terminou à noite. Depois rolou o churrasco. O Paulo e a Glaúcia também foram.
O Fracasso:
Diego Armando Maradona levou a Argentina às finais dos Mundiais de 1986, quando se consagrou com o título, e de 1990. Em 1991 sua carreira começou a ruir com o escândalo do doping por cocaína, no Napoli, da Itália. O jogador ficou um ano e meio suspenso, mas voltou a jogar. Fora de forma, teve passagem rápida pelo Sevilla, da Espanha, e o Newell’s Old Boys, da argentina. Mesmo acima do peso foi chamado para socorrer a seleção nas eliminatórias para a Copa-1994. A Argentina foi para a repescagem contra a Austrália e precisou da ajuda de sua maior estrela para se classificar.
Nos EUA, a argentina de Maradona mostrou grande futebol nos dois primeiros jogos. Estreou goleando a Grécia, por 4 a 0, com um gol de Maradona e três de Batistuta. Venceu em seguida a forte Nigéria, por 2 a 1. Mas nessa partida Maradona voltou a ser pego em exame antidoping. Desta vez, a substância proibida era a efedrina, encontrada em remédios para emagrecer. Sem Maradona, banido da Copa, a argentina perdeu o jogo seguinte, para a Bulgária, e foi eliminada nas oitavas-de-final, pela Romênia. O meia, suspenso por um ano, ainda tentou voltar a jogar em 1995, pelo Boca Juniors, onde ficou até 1997, mas sua carreira estava acabada.
Em homenagem ao piloto de F-1 Ayrton Senna, morto no mesmo ano em acidente em Imola, os jogadores exibiram, após a final contra a Itália, uma faixa que dizia: “Senna, aceleramos juntos. O tetra é nosso”.
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