Por mais elegante, espaçosa, bem iluminada e arejada, com muitas revistas ATUAIS a disposição para matar o tempo, a sala de espera é um local que ninguém se sente a vontade.
O paciente está lá sentado, esperando sua vez porque é absolutamente necessário, não porque ele queira. A vontade é sair o mais rápido possível dali.
Assim que a porta da recepção se abre e entra mais um, todos olham. Alguns ficam embaraçados, não sabem o que fazem, se sentam ou se vão direto à recepcionista. E quando falta cadeira ou sofá para sentar? O sujeito fica perdido.
A maioria pega uma revista e finge estar lendo. Folheia, troca de revista, olha por cima para dar uma espiada nos outros e volta a por a revista na cara, até ser chamado.
O desagradável é quando a recepcionista começa com o preenchimento do cadastro. Quem está perto ouve tudo, mesmo sem querer. Seu telefone, seu celular, a rua onde mora, o bairro, a idade, data do nascimento, profissão.
Quando a recepcionista pergunta a idade e data de nascimento, a maioria fala baixinho mesmo. É a parte que mais aborrece.
Agora coisas bizarras acontecem quando a sala de espera é a de laboratório de análises clínicas.
É gente chegando com a latinha cheia de merda, outra cheia de mijo. Pensou se cai e a tampa abre?
Na frente de todo mundo, a pergunta da recém contratada e inexperiente recepcionista em alto e bom tom:
- Há quanto tempo o senhor está em abstinência? Aí fudeu! O coitado não sabia onde enfiar a cara. Todos da sala ouviram. Todo mundo ficou sabendo que ele vai pro banheiro socar uma. Será que consegue depois dessa? Eu só sairia depois de uns 45 minutos, quando todo os pacientes da recepção tivessem ido embora.
Coleta para espermograma assim é foda!!
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