Trata-se do boletim digital do Senador Almeida Lima (PMDB-SE) contendo os seus pensamentos e propostas.
Muito além de propagar mudanças amplas e profundas na estrutura político-institucional brasileira e de defender a alternância de poder aqui em Sergipe, tenho sido um artífice para a consecução desses objetivos, não apenas como Senador da República, o que já me levou a apresentar, tão logo cheguei àquele Parlamento em 2003, uma Proposta de Emenda à Constituição - PEC 52/2003 (*), que trata da Reforma Política do Estado Brasileiro, mas, também, nas lides político-partidária, posicionando-me de forma a não me envolver com segmentos políticos que, ao longo dos anos, têm dado demonstrações inequívocas de que representam o atraso, a mesmice e os interesses reacionários.
Quem prega mudanças como eu, não poderia chegar ao Senado da República e, p.ex., objetivamente, não ser o autor de uma PEC para diminuir o tamanho do parlamento brasileiro: de 60.000 vereadores existentes hoje em todo o país, para 27.000; de 513 deputados federais, para 385; de 81 senadores, para 54, apenas dois senadores por Estado (hoje são três), menos 25% no número de deputados estaduais em cada Assembléia Legislativa, além de acabar com os vices (prefeito, governador e presidente) e estabelecer a descentralização do poder para o desenvolvimento do Brasil, sem desigualdades sociais e regionais.
Por conta da autoria dessa Proposta de Emenda à Constituição que reduz a máquina política do Estado brasileiro, tenho recebido críticas da classe política, e tenho respondido que o meu compromisso é com Sergipe e com o Brasil, o meu compromisso é com o povo, e não com essa elite política brasileira que pouco tem contribuído com a vida nacional.
Repito: quem prega mudanças como eu, mesmo com prejuízos de ordem político-eleitoral e pessoal-familiar, não tergiversa e não fraqueja diante das elites que dominam o nosso Estado há décadas. Mesmo que o objetivo seja a conquista do poder, não é ético acumpliciar-se com as práticas condenáveis daqueles que as cometeram quando passaram pelo poder. Aceitar fazer acordo com essa gente para chegar ao governo, equivale a trair o povo e negociar a própria alma com o diabo pelo prazer da foto pregada na parede. O poder sem dignidade é inútil, é imprestável quando subordinado a compromissos desprezíveis. Por isso, eu me imponho limites para chegar ao poder. Não me submeto a qualquer tipo de aliança, para no governo não me sentir obrigado a cometer indignidades.
No entanto, tenho consciência plena que na política com “p” minúsculo, o que acabo de afirmar, em nome da coerência de minha vida pública, é visto como uma postura quixotesca, primária, uma estultice. E não é sem razão que a imprensa de Sergipe tem me visto como um político isolado, sem aliados. É que a imprensa do meu Estado está acostumada a ver, em toda eleição, todo tipo de cambalacho, acordos e acordões espúrios, verdadeiros acasalamentos de Jacaré com Cobra D’Água, ou de Aranha Caranguejeira com Cavalo-do-Cão, a exemplo do que agora está sendo desejado, tanto pelo PT e por Marcelo Deda, quanto pelo PFL e por João Alves, que é a aliança com o PSDB de Albano Franco. Que lindos pares eles farão!
Pois bem, a visão estreita que leva essas pessoas a acreditar que em Sergipe só é possível chegar ao poder praticando esta espécie de aliança, é a mesma visão que só enxerga o meu isolamento. Isolado eu estou sim, mas por vontade própria. Foi uma opção política que fiz. E este é o isolamento a que me impus para não fazer da política um balcão de negócios. Aqui não há alianças partidárias, nem respeito a programas de governo ou ideologias, muito menos respeito aos princípios éticos e os da moral pública. Aqui se faz é negócios. Partilha-se o Estado como se fosse propriedade privada. Eu me oponho a essa prática. Para mim a política continuará sendo o instrumento de efetivação do ideal de transformação do mundo para a construção da felicidade do povo.
E a quem ressalta e enxerga em minha posição uma postura de isolamento, eu respondo com todas as letras: ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO.
*Texto completo do projeto em www.almeidalima.com.br
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