Esse vício de linguagem tornou-se uma epidemia de transmissão oral no país.
Em 2002, uma publicitário propagou pela internet um texto em forma de uma corrente de e-mails para criticar o gerundismo.
As telefonistas dizem:
-"Vou estar transferindo a sua ligação", ou "vou estar retornando a ligação em breve", ou "vou estar mandando um fax".
Elas devem estar achando chique estar falando assim.
Vou estar falando o que penso:
Minha paciência tem estado a ponto de estar estourando. Eu não vou estar me responsabilizando se, por acaso, eu, ao estar ouvindo esse vício de linguagem, possa chegar a estar provocando uma reação violenta de minha parte.
Eu não vou estar ficando arrependido ao estar pedindo para essa gente que insiste em estar falando dessa maneira, que vá estar procurando um professor de português para estar aprendendo a estar parando de estar falando assim o dia inteiro, sem estar percebendo.
Assim, talvez elas consigam estar se dando conta que do modo que costumam estar falando deve estar doendo nos ouvidos de quem precisa estar ouvindo.
Chega de estar usando gerúndio depois de um verbo no infinitivo! Onde vamos estar parando deste jeito?!
O publicitário recebeu e-mails de gente que acha que o uso indiscriminado do futuro do gerúndio é uma evolução da língua e não tem volta. Parece que não mesmo, pois esse vício de linguagem já tem mais de 2 anos e continua mais ativo que nunca, atingindo até jornalistas.
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