Essa proposta começou a ser debatida no final do governo FHC em 2002.
Ontem( 20/06/04) o fantástico apresentou matéria sobre o desempenho dos alunos de primeira a oitava série do ensino fundamental numa pesquisa orquestrada pelo governo federal. Eles deveriam responder questões de português e matemática.
A conclusão do Ministério da Educação foi de que os alunos não sabem o básico.
Não conseguem interpretar um texto.
Não sabem resolver as questões matemáticas básicas de adição, subtração, multiplicação e divisão.
Não entendem o conteúdo, o significado da questão, seja de português ou matemática.
Imaginem como deve ser então a compreensão dos textos em ingles.
O Fantástico havia feito uma pesquisa parecida com alunos da primeira a quarta série nas capitais e chegou a mesma conclusão.
Considero alarmante para o Brasil.
O ensino básico da primeira série até o terceiro colegial é fundamental para que o aluno adquira gradualmente os conhecimentos gerais de todas as matérias e entre em uma universidade com uma bagagem cultural grande.
A universidade não é local de alfabetização de alunos. É a conquista de sua almejada graduação e posteriormente, se tiver afinidade, continuidade na carreira universitária. Precisamos de pesquisadores, que é a essência da universidade.
Como um aluno de escola pública com essse nível vai conseguir entender e acompanhar os colegas de sua classe vindos de escola particular? Como estudar e pesquisar as materias, que na sua maioria hoje são em ingles?
É justo o aluno de escola pública ser aprovado no vestibular só porque tinha direito as cotas de vagas?
E como se sente aqueles pais, que investiram em seus filhos, pagando escola particular durante anos?
Os dois alunos agora na mesma classe da universidade.
E amanhã?
Será que poderemos confiar nesse profissional? Pense em um médico ou dentista ou engenheiro civil ou advogado, formado com esse potencial herdado do ensino básico.
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A Coréia do Sul era na década de 70 parecida com o Brasil em termos sociais, econômicos e educacionais. Seu governo decidiu reformular profundamente o ensino básico educacional.
Vejam o que a Coréia do Sul é hoje. Comparem com o Brasil e também com a Coréia do Norte que ainda segue os moldes da extinta URSS.
O Brasil perto da Coréia do Sul só é grande em extensão territorial.
O padrão de vida deles é infinitamente superior ao nosso.
Nosso modelo educacional tem que ser mudado radicalmente. Não temos todo o tempo do mundo. Já está passando a hora para o Brasil. Até quando seremos terceiro mundo?
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