Carlinhos e Astrid trabalhavam no Itaú quando se conheceram, no final da década de 80.
Em 1990 e 1994, dividimos uma casa em Ubatuba, com o Sérgio Casale, o Paulo Afonso e a Vogue.
Lembro-me que eles chegaram de madrugada e ninguém mais dormiu. O Casale no cavaquinho e o Carlinhos no surdão e mais alguém no pandeiro. Acordou os vizinhos.
Durante a primeira metade da década de 90, participamos de muitas festas juntos. Eles compareceram em muitos aniversários da Letícia e sempre estávamos nos reunindo para jogar conversa fora, beber e curtir os sons que Carlinhos e Casale faziam.
A Astrid era uma pessoa alegre, alto astral, sempre de bem com a vida. Adorava viagens e reuniões.
Antes de se casarem, foram para os EUA e depois para Europa.
Com os filhos crescendo, os encontros rarearam a partir da segunda metade da década de 90. Cada um foi cuidar da sua vida.
Há 3 anos atrás, a Astrid descobriu que estava com câncer no seio, durante a amamentação do seu terceiro filho.
De lá para cá, ela lutou como pode. Fez quimio, radio, removeu as 2 mamas.
Aparentemente estava curada.
Em janeiro deste ano, para comemorar, foram a um cruzeiro.
No aniversário de 39 anos, em abril deste ano, ela desmaiou.
Estava com Leucemia. Desde então, ficou hospitalizada em Campinas.
Estava se recuperando do transplante de medula óssea, cedida por sua irmã, quando sofreu uma infecção por um fungo.
Estava entubada há 5 dias.
Faleceu nesta madrugada.
O enterro foi hoje às 17 horas.
Fomos nos despedir.
"Ele" sabe o que faz.
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