A Veja São Paulo de fevereiro publicou matéria sobre as profissões mais procuradas.
A Odontologia, que tinha há 21 anos atrás 47 candidatos por vaga nos campus da USP, teve este ano 8 candidatos por vaga e nem foi mencionada na reportagem. Era a quinta profissão mais procurada e hoje ocupa o 57º lugar no ranking.
Cerca de apenas 7% da população brasileira vai ao consultório odontológico, enquanto que na Alemanha todos os 85 milhões de alemães têm acesso ao serviço dentário sendo 90% dos quais por meio se seguro saúde.
Novos campos da profissão precisam ser abertos, seja por meio de políticas públicas ou seguradoras de saúde. Outro campo que está se abrindo em grandes centros é o tratamento multidiciplinar em pacientes oncológicos nos hospitais. O cirurgião dentista integra a equipe para fazer a prevenção e o tratamento das manifestações bucais dos pacientes submetidos a altas doses de quimio e/ou radioterapia. Há um potencial para empregar 4 mil cirurgiões dentistas em todos os hospitais do país que aplicam quimioterapia e radioterapia em altas doses.
O serviço do cirurgião é tratar da mucosite( presente nos pacientes que fazem transplante de medula óssea e portadores de câncer), das infecções periodontais, extrações dentárias e tratamento de canais infeccionados.
Uma infecção presente na boca pode migrar para o coração. Um paciente imuno deprimido que está sendo submetido a altas doses de quimioterapia pode ter sérios problemas se tiver uma infecção na boca.
Além do Hospital Sírio Libanês e Albert Einstein apenas outras seis instituições se valem do trabalho do cirurgião dentista na área oncológica.
O que se observa lendo nos jornais do CRO e CFO é que os dirigentes da classe odontológica de todo país realizam inúmeras convenções, reuniões de trabalho, visitas a ministérios, ministros e governadores para solucionar o problema de excesso de faculdades de odontologia e excesso de profissionais sem trabalho no mercado sem nenhum resultado prático até o momento.
Cada CD paga 320 reais anualmente ano para o conselho. Somos atualmente 250 mil CDs. A inadimplência está aumentando pois não há emprego para todos.
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