segunda-feira, dezembro 10, 2007

Coisa de Louco

É a cidade de São Paulo.
Trânsito lento até de sábado à tarde. Para chegar em Santa Cecília entrei pela Rua Anhaia, logo após a ponte da Casa Verde e depois fui pela Alameda Nothman. O Anibal e a Vera disseram que se viesse por alí dia de semana ia pegar congestionamento intenso porque o local concentra muitas lojas como a José Paulino, que é perto também. E eu lá sabia disso? E para ir até o Hotel Ômega em Santana, o Anibal foi junto até a Av. Tiradentes. Aí ficou fácil. Cruzei o rio Tiête e contornei a praça Campo de Bagatele. O hotel é bom, mas o lugar é feio. Fica em frente a estação Carandiru do metrô. Quando se está em lugar desconhecido, com a fama que a cidade tem, a gente fica apreensivo. Não gostei nem um pouco da região.
Decidi não me estressar no trânsito, pois não conheço quase nada. Se errar uma avenida, até achar um retorno ou um local para parar e peguntar o caminho certo, ia perder muito tempo. E eu tinha a certeza que iria me perder. Se tivesse GPS seria fácil, como não tenho, deixei o carro no estacionamento do hotel e pegamos o metrô. Votamos para Santa Cecília. Super rápido, sem estress. Em menos de 15 minutos já estávamos na casa da Vera. Resolvemos ir ao Shopping Higienópolis. Eu e o Anibal fomos à pé, pois é perto do apartamento deles, só 10 minutos. A Regina, a Letícia, a Vera e a Dona Cacilda foram de táxi porque a Cacilda não quis saber de andar.
Shopping lotado. Fila para tudo. Ficamos quase uma hora esperando um lugar no Rascal para comer uma pizza. Para voltar ao hotel, não arrisquei o metrô, pois já era quase meia noite. Fomos de táxi. Ao entrar na rua do hotel, na esquina havia três travecões com os peitões de fora, com uns shortinhos curtíssimos. Quando a Regina viu, deu um grito de espanto com a semi nudez dos travecões. Eu, a Letícia e o motorista de táxi demos risada. O motorista falou: "aqui em São Paulo é assim mesmo, tá cheio disso, mas não pode mexer, senão eles vem para brigar".
No dia seguinte resolvi explorar a região. Fui até o local da prova, na Uni Santana. Super perto. Dez minutos de caminhada. Quantos estacionamentos nesta rua! Dia útil deve ser um inferno.Como tinha que sair do hotel meio dia, senão ia pagar outra diária, deixei o carro em um estacionamento ao lado da Universidade. Quando foi quase uma hora da tarde, o trânsito começou a bombar. Quinze minutos mais tarde e congestionou tudo. Coisa de louco! Como eles buzinam! Também, 1300 candidatos tinha que dar congestionamento monstro.
O vestibular começou às duas horas. Como não tinhamos o que fazer até a prova acabar, fomos à pé ao shopping Center Norte, que é perto. Mais quinze minutos de caminhada. Pouca gente na rua. Entramos pelos fundos do shopping, onde fica o restaurante Viena. Esperamos a Vera e o Anibal chegarem. Demorou meia hora só para ele achar uma vaga.
O shopping estava mais cheio ainda do que o Higienópolis. Resolvemos almoçar no restaurante Viena, que serve a La Carte. Mais meia hora de espera porque estava cheio, isso às três da tarde.
O bom de São Paulo é, sem dúvida, a parte gastronômica. Pedimos um filé mignon com spaghetti à parisiense. O prato é tão generoso que deu para dividir para duas pessoas. O que impressiona é que o paulistano não tem horário para o almoço. Nós saímos depois das quatro horas da tarde do restaurante e tinha gente entrando. Aí a mulherada foi às compras. Sapato é um fetiche. Haja paciência!! Acabamos saindo quase seis horas. Pegamos um táxi e voltamos para Santana. Segundo o taxista, nem parecia domingo, pois o movimento de carros estava bem acima do normal. Provavelmente pela primeira parcela do décimo terceiro no bolso do povo.
Quando entramos na rua Voluntários da Pátria o trânsito parou de vez por causa da saída dos vestibulandos. O mesmo tumulto do início da tarde. Saímos do táxi 5 quarteirões antes e fomos à pé. Desta vez, a Cacilda nada disse. A Letícia já estava nos esperando.
Saímos de São Paulo quase seis e meia.
Espero não retornar tão cedo a esta loucura que é Sampa.